quinta-feira, 5 de agosto de 2010

o avivamento da rua azuza

Reavivamento da Rua Azusa

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Pentecostalismo
Pentecostalismo
O reavivamento da Rua Azusa foi uma reunião de reavivamento pentecostal que se deu em Los Angeles, Califórnia, presidida por William Joseph Seymour, um pregador afro-americano. Teve início com uma reunião em 14 de Abril de 1906 em um prédio que fora da Igreja Metodista Episcopal Africana e continuou até meados de 1915. O renascimento foi caracterizado por falar em línguas estranhas, cultos dramáticos, milagres antes não vistos e confusão inter-racial. Os participantes foram criticados pela mídia secular e teólogos cristãos por considerarem o comportamento escandaloso e pouco ortodoxo para a época. Hoje, o movimento de reavivamento é considerado pelos historiadores como principal catalisador para a propagação do pentecostalismo no século XX.

Índice

[editar] História

[editar] Avivamento de Gales

Em 1904 aconteceu o Avivamento de Gales, durante o qual aproximadamente 100.000 pessoas dem Gales se uniram ao movimento. Internacionalmente, cristãos evangélicos tomaram este evento como um sinal do cumprimento da preofessia do Livro de Joel da Bíblia, capítulo 2.23-29 que estava para acontecer. Joseph Smale, postor da Primeira Igreja Batista em Los Angeles, foi a Gales pessoalmente para testificar o avivamento. No seu regresso a Los Angeles, tentou inflamar um evento similar em sua própria congregação. Sua intenção foi de pouca duração, e finalmente deixou a Primeira Igreja Batista para fundar a Primeira Igreja do Novo Tetamento, de onde continuou os seus esforços.[1] Durante esse tempo, outros avivamentos em pequena escala estavam acontecendo em Minnesota, Carolina do Norte e Texas. Em 1905, se soube que falar em línguas, curas sobrenaturais, e significativa mudança de vida acompanhavam esses avivamentos. Quando esta notícia correu, os evangélicos por todo os Estados Unidos começaram a orar por avivamentos similares em suas próprias congregações.[2]

[editar] Seymour vai a Los Angeles

William J. Seymour, líder do Avivamento da Rua Azusa.
Em 1905, William J. Seymour, 34 anos, filho de ex-escravos, foi um estudante do notório pregador pentecostal Charles Parham e pastor interino de uma pequena igreja de santidade em Houston, Texas.[3] Neely Terry, uma mulher afro-americana que participou de uma pequena igreja pastoreada por Julia Hutchins em Los Angeles, fez uma viagem para visitar alguns familiares em Houston ao final de 1905.[2] Esta em Houston, visitou a igreja de Seymour, de onde ele pregou que o batismo no Espírito Santo era acompanhado com o falar em línguas, porém nem ele mesmo havia experimentado essa experiência, Terry ficou impressionada com o seu caráter e mensagem. Uma vez em casa na Califórnia, Terry sugeriu que Seymour foi enviado para falar na igreja local.[4] Seymour recebeu e aceitou o convite em fevereiro de 1906, ele recebeu ajuda financeira e uma benção de Parham por sua visita de um mês.[1][2]
Seymour chegou a Los Angeles em 22 de fevereiro de 1906,[5][6] e em dois dias estava pregando na igreja de Julia Hutchins na esquina da rua Nona com avenida Santa fé.[4] Durante seu primeiro sermão, ele pregou que flar em línguas era a primeira evidência bíblica de entrada no batismo no Espírito Santo.[7] No domingo seguinte, 4 de março, ele voltou a igreja e soube que Hutchins havia fechado porta com cadeado.[8] Os anciãos da igreja não aceitaram o ensinamento de Seymour, principalmente porque ele não havia experimentado nenhuma benção de que estava pregando.[2] A condenação de sua mensagem também veio da Associação da Igreja de Santidade do Sul da Califórnia, com a qual a igreja estava fialiada.[1] Entrtanto, nem todos os membros da igreja de Hutchins rejeitaram o ensinamento de Seymour. Ele foi convidado para hospedar-se na casa de um membro da congregação de Edward S. Lee, e alí ele começou a fazer estudos bíblicos e reuniões de oração.

[editar] Rua Bonnie Brae Norte

Seymour e sua esposa, Jennie.
Seymour e o seu pequeno grupo de novos seguidores se mudaram para a casa de Richard e Ruth Asberry, na rua Bonnie Brae Norte 214.[9] As famílias brancas das igrejas de santidade locais começaram a assistir também. O grupo se reunia periodicamente e orava pelo batismo no Espírito Santo. Em 9 de abril de 1906, depois de cinco semanas de pregação e de oração de Seymour, ao terceiro dia de um propósito de 10 dias,[8] Edward S. Lee falou em línguas pela primera vez.[10][11] Em outra reunião, Seymour compartilhou o testemunho de Lee e pregou um sermão em Hebreus 2:4, e também começaram outras seis pessoas a falar em línguas,[1][10]incluindo Jennie Moore, que mais tarde se tornaria na esposa de Seymour.[12] Alguns dias depois, em 12 de abril, Seymour falou em línguas pela primera vez, depois de orar toda a noite.[13][14]
Casa da família Asberry na Rua Bonnie Brae Norte 214.
Notícias dos acontecimentos na rua Bonnie Brae Norte rapidamente circularam entre os afroamericanos, latinos e brancos residentes da cidade, e durante várias noites, vários oradores queriam pregar para a multidão de espectadores curiosos e interessados desde a porta da frente da casa dos Asberry. Membros da audiência incluíam pessoas de um amplo aspecto de niveis de ingresos e formação religiosa. Hutchins finalmente falou em línguas, assim que sua congregação inteira começou a assistir as reuniões. Pronta a multidão se tornou muito grande e estavam llenos de gente falando línguas, gritando, cantando e gemendo. Finalmente, a porta da frente caiu, forçando o grupo a començar a buscar um novo lugar de reunião.[11] Um morador do bairro descreveu os acontecimentos na Bonnie Brae Norte 214 com as seguintes palavras:
Eles gritaram três dias e três noite. Era época de Páscua. As pessoas vinham de todas partes. Na manhã seguinte não havia forma de acercarse a la casa. Assim que as pessoas entravam elas caíam sob o poder de Deus, e a cidade inteira se comoveu. Gritaram tanto que a base da casa se afroxou, pero nada restou erguido.[11]
A influência da missão da Rua Azusa começou a diminuir à medida que outras missões e igrejas abraçaram a mensagem e a experiência do batismo do Espírito Santo. Uma visita de Charles Parham à missão, em outubro de 1906, resultou em divisão e o estabelecimento de uma missão rival. Parham não se conformava com a integração racial do movimento, e criticou as manifestações que ele viu nas reuniões.
Em setembro de 1906 a Missão da Rua Azusa lançou o jornal "The Apostolic Faith", que foi muito usado para espalhar a mensagem Pentecostal, e continuou até maio de 1908, quando a mala direta do jornal foi indevidamente transferida para a cidade de Portland, assim efetivamente isolando a missão de seus mantenedores.
O avivamento da Rua Azusa durou apenas três anos, mas foi instrumental na criação do movimento Pentecostal, que é o maior segmento da igreja evangélica hoje.
Vários grupos semelhantes foram formados em muitos lugares dos EUA, mas com o rápido crescimento do movimento, o nível de organização também cresceu até o grupo denominar-se Missão da Fé Apostólica da Rua Azusa e dissolver-se na década de 1930.

[editar] Leitura adicional

Referências

  1. a b c d McGee, Gary. William J. Seymour and the Azusa Street Revival. Enrichment Journal. Página visitada em 2007-05-17.
  2. a b c d Azusa History. International Center for Spiritual Renewal. Página visitada em 2007-05-17.
  3. Cloud, David. AZUSA STREET MISSION. Página visitada em 2007-05-24.
  4. a b Hayford, Jack W.; Moore, S. David (2006), The Charismatic Century: The Enduring Impact of the Azusa Street Revival (August, 2006 ed.), Warner Faith, ISBN 978-0-446-57813-4 
  5. IPHC Azusa Street Links – 1901 to Present International Pentecostal Holiness Church. Retrieved 2007-05-17.
  6. Cline, Austin (February 22, 2004). This Date in History: Azusa Street Revival. atheism.about.com. Página visitada em 2007-05-17.
  7. Newmann, Richard; Tinney, James S. (1978). Black Apostles: Afro-American Clergy Confront the Twentieth Century. G. K. Hall & Co.. ISBN 0-8161-8137-3.
  8. a b MacRobert, Iain (1988), The Black Roots and White Racism of Early Pentecostalism in the USA, MacMillian Press, ISBN 0-333-43997-X 
  9. IPHC Azusa Street Links – 1901 to Present. International Pentecostal Holiness Church. Página visitada em 17-05-2007.
  10. a b Allen (15 de abril de 2006). Pentecostal Movement Celebrates Humble Roots. The Washington Post. Página visitada em 17-05-2007.
  11. a b c Synan, Vinson (2001), The Century of the Holy Spirit: 100 years of Pentecostal and Charismatic Renewal, 1901-2001, Thomas Nelson Publishers, pp. 42–45, ISBN 0-7852-4550-2 
  12. Azusa Street Timeline (04-04-2007). Página visitada em 17-05-2007.
  13. Billy Wilson: The Miracle on Azusa Street. The 700 Club. Página visitada em 17-05-2007.
  14. Blumhofer, Edith (07-03-2006). Azusa Street Revival. religion-online.org. Página visitada em 17-05-2007.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas


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