sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Lúcifer

Lúcifer (em hebraico, heilel ben-shachar, הילל בן שחר; em grego na Septuaginta, heosphoros) representa a estrela da manhã (a estrela matutina), a estrela D'Alva, o planeta Vênus, mas também foi o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Querubins, como descrito no texto Bíblico do Livro de Ezequiel, no capítulo 28. Nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan, que significa simplesmente adversário). Atualmente discute-se a probabilidade de Lúcifer ter sido um Rei Assírio da Babilônia.

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[editar] Significado origem

O substantivo Lúcifer ocorre seis vezes na "Vulgata", versão latina da Bíblia, e uma vez em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa, para referir a "Estrela da Manhã". Por exemplo:
"E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva (Lúcifer) surja em vossos corações" (2 Pedro 1:19)
Aqui Lúcifer é Cristo. Por esta razão, ocorre o nome Lúcifer entre os primeiros cristãos, por exemplo, São Lúcifer, bispo de Sardenha.

[editar] O rei da Babilônia

Na tradução de Figueiredo verte Isaías 14:12: "Como caíste do céu, ó Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão brilhante?"
Lúcifer (do latim Lux fero, portador da Luz, em hebraico, heilel ben-shahar, הילל בן שחר; em grego na Septuaginta, heosphoros) significa o que leva a luz', representando a estrela da manhã, o planeta Vênus, que é visível antes do alvorecer. A designação descritiva de Isaías 14:4, 12, provém duma raiz que significa "brilhar" (Jó 29:3), e aplicava-se a uma metáfora aplicada aos excessos de um "rei de Babilônia", não a uma entidade em si, como afirma o pesquisador iconográfico Luther Link,[1] "Isaías não estava falando do Diabo.Usando imagens possivelmente retiradas de um antigo mito cananeu, Isaías referia-se aos excessos de um ambicioso rei babilônico"
A expressão hebraica (heilel ben-shahar) é traduzida como "o que brilha", nas versões NM, MC, So. A tradução "Lúcifer" (portador de luz), (Fi, BMD) deriva da Vulgata latina de Jerónimo e isso explica a ocorrência desse termo em diversas versões da Bíblia.
Mas alguns argumentam que Lúcifer seja Satanás e por isso, também foi o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Querubins (Ez 28.14). Assim, muitos nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan, Adversário

[editar] Hebraísmo / Judaísmo

Os judeus o chamam de heilel ben-shachar, onde heilel significa Vênus e ben-shachar significa "o luminoso, filho da manhã". Alguns judeus interpretam Lúcifer como uma referência bíblica a um rei babilônico. Mais tarde a tradição judaica elaborou a queda dos anjos sob a liderança de Samhazai, vindo daí a mesma tradição dos padres da Igreja.

[editar] Conceito da Igreja Católica

Segundo a Igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Querubins. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque entre todos os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou orgulhoso de seu poder, que não aceitava servir a uma criação de Deus, "O Homem", e revoltou-se contra Deus. O Arcanjo Miguel liderou as hostes de Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos revoltosos; já os anjos leais a Deus o derrotaram e o expulsaram do céu, juntamente com seus seguidores. Desde então, o mundo vive esta guerra eterna entre Deus e o Diabo; de seu lado Lúcifer e suas legiões tentam corromper o homem; do outro lado Deus, os anjos, arcanjos, querubins e Santos travam batalhas diárias contra as forças de Lúcifer.

"A queda de Lúcifer", ilustração de Gustave Doré para o livro O Paraíso Perdido de John Milton.
A aparência de Lúcifer pode variar; acredita-se que ele (chamado agora de Diabo), pode assumir a forma que desejar, podendo passar-se por qualquer pessoa. Seu aspecto físico criado pela Igreja em seus primeiros séculos (e posteriormente herdado pelas várias religiões cristãs) fora copiado de várias entidades das mitologias e religiões de diferentes povos antigos (não exatamente ligadas a maldade); Seu reino, os Infernos, sofreu influência do Tártaro da mitologia grega, morada de Hades, local para onde iam as almas dos mortos, cuja porta de entrada era guardada por Cérbero, o Cão de três cabeças; seus chifres eram de , uma entidade grega protetora da natureza; sua fama de representar uma força eternamente em conflito com Deus veio do Zoroastrismo. Ainda encontramos coincidências com as crenças dos antigos Egípcios, quando se acreditava que o Deus Anúbis (o Chacal) carregaria a alma dos mortos cujo coração ao ser pesado numa balança, fosse mais pesado que uma pluma.
Durante a "baixa Idade Média", entretanto, que o "Anjo Decaído" ganhou a hedionda aparência com a qual o conhecemos hoje; asas de morcego, pés de bode, olhos de fogo, chifres enormes na cabeça, olhar aterrorizante, etc. A idade das trevas fora um momento fértil para a propagação de crenças nas ações de forças demoníacas agindo sobre o mundo. Os milhões de mortos nas epidemias de peste negra geraram, juntamente com a ocorrência de guerras sangrentas, a idéia de que "o Anticristo estaria atuando no mundo". Foi aí que Lúcifer passou a representar a personificação do mal da forma mais intensa e poderosa que conhecemos hoje. Surge a crença de que para cada ser humano vivo na Terra, Lúcifer criou um Demônio particular, encarregado de corromper aquele indivíduo; já Deus, não poderia deixar por menos, e criou para cada ser humano um "Anjo da Guarda" ao qual incumbia da missão de proteger e zelar pela alma daquela pessoa.
Interessante observar que o próprio Jesus Cristo é a estrela da manhã que ilumina até o fim dos tempos toda escuridão (trevas), como em Apocalipse 22:16 onde está escrito: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo. Ele atestou para vocês todas essas coisas a respeito das Igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, sou a estrela radiosa da manhã.". Assim como em II Pedro 1,19 que diz: "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumina em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela D'alva apareça em vossos corações.".
A palavra Lúcifer significa "o portador da luz" ou "o portador do archote" (a palavra tem sua origem no latim, lux ou lucis com o significado de "luz"; ferre com o significado de "carregar"). Ou seja, de acordo com a origem, seu significado é "aquele que carrega a luz". Apesar de Satanás ser originalmente conhecido como Lúcifer, perdeu seu posto ao desejar subir a alturas acima de Deus e de Seu Ungido (Jesus Cristo).

[editar] A visão teosófica

Corroborando outras opiniões, o Glossário Teosófico de Helena Blavatsky diz que Lúcifer é a Estrela da Manhã, o planeta Vênus, e literalmente a palavra significa O Portador da Luz. Rejeita a atribuição a Lúcifer dos defeitos do orgulho e da arrogância que o cristianismo lhe imputou, nem diz que ele é a origem do mal e tampouco o identifica com o diabo e similares, que considera produtos apenas da imaginação humana sem existência autônoma real. Blavatsky faz notar, como já foi dito acima, que o próprio Cristo, no Apocalipse (cap. XXII, 16) chama a si mesmo de "Estrela da Manhã".
Mas o nome também esconde uma multiplicidade de significados alegóricos, dos quais talvez o mais importante é sua identificação com Manas, a Mente dual, a inteligência espiritual que habita em todos os homens, que tanto condescende voluntariamente em cair na matéria como é o agente que foge por si mesmo da animalidade e resgata-se para uma vida superior, sendo ao mesmo tempo o Tentador e o verdadeiro Redentor interno de cada um.

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