segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre o outdoor homofóbico de Silas Malafaia

Foto do outdoor que o Ilmo. Pr. espalhou pelo Rio
Caro Sr. Pr. Silas Malafaia,
como o senhor sabe, talvez melhor do que muita gente por aí, Deus é fonte de amor infinito, e por mais que eu acredite que também é de ódio (afinal Deus é tudo), não acho que o ódio seja o melhor caminho pra chegar até ele. Pregar o ódio pelo próximo, seja lá qual for o porquê, é se afastar do que o próprio Jesus (que o senhor acredita ser Deus) dizia: amar ao próximo como a ti mesmo. Muito assustado fiquei com os cartazes espalhados pela cidade. Porém, em mim, deram espaço para algumas reflexões, que resumo logo a seguir.
1) Se o senhor considerasse outras fontes históricas que não somente a Bíblia veria que família é um conceito volátil e que muda conforme o tempo e o contexto histórico. Este conceito de família burguesa que o senhor prega, calcado no calvinismo, Max Weber, na virada do XIX pro XX já denunciava como ruidoso, só para citar um dos muitos exemplos possíveis. Ah, e tem o Engels, parceiro de Marx… Mas esse não; esse é filho do demo por ser comunista, né?
2) Se olharmos para o planeta e pensarmos em nossos irmãos seres vivos (sim, porque se temos o mesmo Pai, são nossos irmãos, não?) não acho que seria bom para o planeta a preservação da nossa espécie. Penso inclusive que Deus errou na hora do Dilúvio. Até porque preservar a espécie é preservar o ódio e disso o sr. entende.
3) Deus fez macho e fêmea, é verdade. Mas o cú, pastor, fez igualzinho pros dois. E adivinha só, veio de brinde com o livre-arbítrio… Ou não?
Deus ama a todos e, por mais incrível que possa parecer, inclusive o sr.
Esperando que o sr. seja extremamente ungido,
Dacarpe
um professor preocupado com o ódio que o senhor (com s minúsculo) prega

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