sábado, 29 de janeiro de 2011

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O Profeta Elias

O Profeta Elias



* A figura de Elias
* Elias na tradição Judaica
* Elias nas obras dos Padres
* Elias no Islão
* Elias e o ideal monástico
* Elias como inspirador da vida eremítica
* A pureza de coração
* A vida de oração
* Elias e os carmelitas
* Culto a Elias
* Iconografia sobre Elias
* Folclore sobre Elias

A figura de Elias
O próprio nome Elias, que significa "Yahweh é Deus" ou "Yahweh é meu Deus", já expressa seu caráter e sua função na história bíblica. Ele foi um campeão do monoteísmo de Yahweh. É ele quem mantém a fé em Yahweh entre o povo e quem luta com vigor pelos Seus direitos. Sua árdua luta contra todo sincretismo religioso faz deste profeta, que "surgiu como fogo e cuja palavra queimava como uma tocha", uma figura de primeira linha na sucessão das duas Alianças. Enquanto o livro do Eclesiástico (48,1-11) canta suas glórias, os livros dos Reis nos contam sua vida de forma ampla. Nesta narração distinguem-se dois ciclos: "o ciclo de Elias" (1Rs 17 - 2Rs 1,18), que se centra na atividade do profeta, e o "ciclo de Eliseu" (2Rs 2-13), que começa com o arrebatamento de Elias, momento em que Eliseu o sucede.
Originário de Tesbi, Elias exerceu seu ministério no reino do Norte, no século IX a. C., em tempos de Acab e de Ocozias.
Primeiro descendente da família de Amri, Acab, que subiu ao trono no ano de 874 a. C., havia desposado Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro e grande sacerdote de Astarté (1Rs 16,31). Acab pagou as vantagens políticas dessa união submetendo-se à vontade de Jezabel, que demonstrou dominar seu marido impondo-lhe violentamente o culto à Baal e fazendo-o matar a Nabot, que o impedia de estender suas propriedades na zona de Jezrael (1Rs 21,1-16).
Nestas circunstâncias chega Elias, enviado pelo Senhor, para anunciar a Acab a lei do talião (1Rs 21,21-24), lei que depois, por causa da penitência pública do rei, foi aplicada somente à sua mulher e aos seus filhos (1Rs 21,29; 2Rs 9,7-10.26.36-37). A ira de Jezabel contra Elias se desencadeia com a matança dos profetas de Yahweh (1Rs 18,4.13; 19,10). Elias respondeu anunciando uma seca de três anos, durante os quais ele se refugiou primeiro na torrente de Carit, na Transjordânia, onde os corvos o alimentaram, e depois em Sarepta, 15 quilômetros ao sul de Sidônia, onde uma viúva lhe deu de comer; Elias multiplicou milagrosamente o azeite e a farinha dessa viúva e também ressuscitou seu filho (1Rs 17).
A prova indiscutível de que "o Senhor é o verdadeiro Deus" acontece no confronto que Elias estabelece com Baal de Jezabel, em um lugar que uma antiga tradição situa em El-Muhraqah, a sudeste do monte Carmelo. No momento em que Elias rezava, um raio queima o holocausto oferecido a Yahweh, enquanto que os gritos, as danças e as mutilações dos 450 profetas de Baal não obtinham resultado algum. Como conseqüência disto os profetas do ídolo são degolados junto à torrente Quison (1Rs 18). Para evitar a vingança de Jezabel, Elias deve fugir para o sul, onde é milagrosamente alimentado por um anjo e alcança o monte Horeb. Já no cume de Gebel Musa, numa teofania recebe uma tríplice missão: a de investir Hazael como rei de Damasco, a Jeú como rei de Israel e a Eliseu como profeta (1Rs 19). Morto Acab (852 a. C.) num combate em Ramot de Galaad, (1Rs 22,1-40), lhe sucede seu filho Ocozias. E quando este, após sofrer um grave acidente, envia mensageiros para que consultem a Baal-Zebub, deus de Acaron, se irá sarar, Elias intervém novamente e lhes anuncia a morte do rei (2Rs 1,2-4).
Chegando ao fim de sua vida, Elias deixa Gálgala, acompanhado por Eliseu e um grupo de profetas, faz paradas em Betel e Jericó. Ao rio Jordão atravessa a pé enxuto, dividindo as águas com seu manto. Apenas Eliseu, destinado a sucedê-lo, é quem o segue. O fim misterioso de Elias é descrito como um arrebatamento por um carro de fogo (2Rs 2,2-13). Desta descrição se originou a antiga crença hebraica de que o profeta haveria de regressar antes do "Grande dia de Yahweh" ou da "parusia" do Messias, crença que encontrou eco inclusive entre os Padres da Igreja e entre escritores eclesiásticos (Mc 6,14-16; 9,11; Lc 9,7ss.; Jo 1,21; Enoc etíope 89,52; 90,31; IV Esdras 6,26; Justino, Dial. 8,4; 49,1).
O prudente parecer expressado por Flávio Josefo (Ant. IX, 2, 2): "Elias desapareceu dentre os homens e, até o dia de hoje, nada se sabe sobre sua morte", e sobre tudo a atitude de Jesus, relatada nos Evangelhos, nos leva a considerar a descrição do arrebatamento de Elias como um caso de êxtase profético de Eliseu para significar a especial assistência divina na morte do profeta. Na realidade, o fim de Elias está descrito tal como apareceu aos olhos de Eliseu (cf. 1Mac 2,58) que foi o único que presenciou: Elias desapareceu em um turbilhão. O mesmo verbo laqah (=tomar), usado para indicar o arrebatamento de Elias, expressa em outros lugares a intervenção de Deus na morte serena do justo (Gn 5,24; Salmo 49,16; Is 53,8). Os demais elementos são simbólicos: pensa-se, por exemplo, na visão que teve S. Bento da alma de sua irmã, Santa Escolástica, que voava ao céu como uma pomba, no mesmo dia de sua morte.
Em Malaquias 3,1-24 (hebr. 4,5ss) se diz que Elias virá como precursor do Messias. Esta profecia se realiza em João Batista (Lc 1,17), que é o precursor profetizado (Mt 11,10; 17,10-13). Ele encarnou o "caráter forte" de Elias, o qual foi tão só sua figura. Também Jeremias (23,5) e Ezequiel (34,23) preanunciaram o Messias chamando-o "meu servo (de Yahweh), Davi".
Na transfiguração de Jesus no Tabor, Elias aparece junto com Moisés (Mc 9,2-8; Mt 17,1-8; Lc 9,28-36), também favorecido por uma teofania no Sinai. Elias permanece ligado a Moisés na Antiga Aliança, da qual um é o legislador que a conclui, e o outro é o profeta que a conserva intacta e pura. A presença de ambos no Tabor é destinada a testemunhar, na antecipada exaltação de Jesus, que a nova Aliança é o coroamento da Antiga.
Elias, finalmente, é apresentado também no NT como modelo de oração eficaz. (Tg 5,17).
Tarcisio Stramare
Elias na tradição Judaica
É do conhecimento geral que o profeta "arrebatado" ao céu ocupa um lugar importante na haggada. Essa ilustra e amplia com elementos legendários, às vezes simplistas, e com considerações teológicas os textos bíblicos relativos à vida terrena de Elias; porém, se detém especialmente em seu arrebatamento e sua atividade celestial, sobre suas aparições na terra como benfeitor dos pobres e amigo dos humildes, como socorredor e libertador dos fiéis em toda situação extrema, como amigo dos sábios e estudiosos da Torah, devido o seu zelo por ela, e finalmente como precursor do Messias.
Quando o anjo da morte apareceu para levar Elias, este se encontrava conversando com Eliseu sobre a Torah. Como não lhe era permitido interromper o estudo [da Torah], Satanás se pôs na espera; porém, num relance, um carro de fogo puxado por cavalos de fogo se interpôs entre Elias e seu discípulo. Elias subiu nele e foi arrebatado ao céu em um turbilhão. Satanás foi então protestar diante de Deus pela não acontecida morte de Elias; porém antes de começar a falar, Deus o preveniu: "Eu criei os céus precisamente para que Elias pudesse subir a eles". O anjo insistiu e o Eterno permitiu que houvesse uma luta entre Satanás e Elias. O profeta saiu vencedor e pediu a Deus permissão para aniquilar a seu adversário. A permissão não lhe foi dada porque a derrota definitiva de Satanás deverá acontecer no final dos tempos (Zohar hadash Ruth 1, 1; Sepher Elijahu, p. 19).
Esta idéia da translação, inclusive corporal, seguiu sendo a mais comum (cf. Pesiq. 9 [séc. II]). “Se Adão não tivesse pecado, ficaria sempre vivo?”, pergunta-se o rabino Jehuda bar Hai, e ele mesmo responde: "É exatamente o que aconteceu com Elias porque este não pecou".
Porém em outros textos (cf. Zohar Bresit, 137; Sepher Ha-pardes, 24,4) se afirma que Elias deixou seu corpo material para tomar outro luminoso: "Como Elias pôde subir e habitar os céus que não sustentam nem um grão de trigo?". O rabino Simão bar Jochai responde: "Encontrei escrito: entre os que nasceram neste mundo, haverá um espírito que baixará sobre a terra e vestirá um corpo. O seu nome é Elias. Ele voltará a subir ao céu, seu corpo permanecerá no turbilhão e seu espírito revestirá um corpo luminoso para que possa habitar entre os anjos".
Recordemos a este respeito a refutação apresentada por S. Epifânio, justamente contra a idéia tão difundida entre os judeus, de que Elias era um anjo (PG, XLI, col. 976). Tampouco faltam textos que negam qualquer translação de Elias ao céu: "O segundo ano de Ocozias - dizia o rabino José bar Halaphta, discípulo do rabino Aqiba - Elias foi escondido [nignaz], e aparecerá de novo com a vinda do Rei Messias" (Seder Olam Rabba). Com o verbo nignaz, o rabino (do séc. II) insinua que Elias continua vivendo na terra, porém ocultamente. Esta parece ser a concepção de Flávio Josefo (Ant. IX, 2, 2), a das traduções dos Setenta e do Targum (2Rs 2, 1), e provavelmente do texto hebraico do Eclesiástico 48,9.
Entretanto, a opinião comum coloca Elias no céu ou no Paraíso, no alto, com os anjos, onde lhe estão confiadas várias incumbências: a de escrivão celestial (escreve os nomes dos justos e suas boas ações no livro da vida), a de guia das almas (está no caminho que leva ao Paraíso esperando as almas dos justos para acompanhá-las ao lugar que lhe é destinado), e a de intercessor em favor de Israel.
Elias, além disso, desce com freqüência à terra: "Se os cães latem alegres, é porque Elias não está longe; se os cães gemem tristemente, o anjo da morte se acerca" (Bab. Kam. 60b). Os relatos de suas aparições entre os homens constituem lendas, as vezes alegres e instrutivas, que inculcam o amor à justiça e a fé na Providência.
O rabino Kahana (séc. III) ganhava o sustento vendendo cestos às mulheres. Um dia, ao entrar numa casa, foi convidado a pecar; para fugir, subiu pela escada e se jogou do terraço. Porém Elias interveio para salvar sua vida. "Você me obrigou a me deslocar quatrocentas léguas", lhe disse Elias. E o rabino retrucou: "O que é que me conduziu a esta situação senão minha pobreza?". O profeta então lhe deu um jarro cheio de moedas de ouro (Midr. Prov., 9, 62).
Porém a função essencial de Elias é a de precursor do Messias. Esta crença se fundamenta na profecia de Malaquias (3,23-24), que há muito tempo era entendida neste sentido. Esta crença era comum entre o povo no tempo de Jesus, como o demonstram as numerosas perguntas sobre a vinda de Elias (Mt 17,10ss. e lugares paralelos; Lc 1,17; Jo 1,21.25). É estranho que os apócrifos não contenham nenhuma predição sobre a função do precursor: unicamente se diz que então aparecerão os homens que estavam mortos (IV Esd 4,26; II Bar 13,3).
A tradição rabínica, pelo contrário, atribui a Elias uma atividade considerável nos primeiros atos da restauração (cf. a este respeito os numerosos textos oferecidos por H. Strack-P. Billerbeck, Kommentar zum Neuen Testament, aus Talmud und Midrash, IV München 1928, p. 779-98; J. Bonsirven, Le judaïsme palestinien..., I, Paris 1935, p. 357-59; M.-J. Strassny, v. bibl.).
Para os judeus, Elias não é um personagem do passado: está presente e acompanha Israel em seu longo e penoso peregrinar; está vivo na piedade judaica individual, como o mais próximo e familiar dos protetores celestiais. No rito da circuncisão, ainda hoje em dia, se deixa sempre um lugar vazio: é o lugar de Elias.
Elias nas obras dos Padres
O lugar que o profeta Elias ocupa não só no AT e na tradição judaica, como também no NT, o faz ser recordado nas obras dos Padres com freqüência.
Alguns deles insistem na relação existente entre Elias e São João Batista (cf. Gregório de Nissa, De Virginitate, VI, em PG, XLVI cols. 349-52); outros fixam sua atenção no arrebatamento de Elias e no seu retorno ao final dos tempos. Neste sentido é notável a clara afirmação de Orígenes que, contra a opinião comum, assegura a morte de Elias e nega que haja sido arrebatado ao céu em carne mortal (Em Sl 15,9, PG, XII, col. 1216); outros (S. Justino, S. Irineu, etc.) põe de relevo a personalidade do profeta e o apresentam como modelo de vida de perfeição.
Orígenes apresenta o exemplo de Elias para mostrar a confiança que devemos colocar na oração (Em Sl, 37; Hom., 2, 3, PG, XII, col. 1384) e para estarmos seguros de sua eficácia (De Oratione, 13, em PG, XI, cols. 458ss); Atanásio, na Vita Antonii, refere a máxima de Antão (ou Antônio): "Todos os que professam uma vida solitária devem tomar por regra e por patrono o Grande Elias e ver em suas ações como em um espelho para saber qual deve ser seu comportamento" (em PG, XXVI, col. 752); São João Crisóstomo, por fim, elogia a pobreza de Elias (Hom. em s. Eliam, 3, em PG, LXIII, col. 464): "Elias nada possuía e, sem dúvida, nada o impediu de alcançar o cume da virtude; ele é um oceano sem limites" (cf. Bardy, Le souvenir d'Élie chez les Pères Grecs, em Élie, I, 131- 58).
São numerosos os textos dos Padres latinos que se referem a Elias. Santo Isidoro (De ortu et obitu patrum, 25, em PL, LXXXIII, col. 140) denomina Elias como "grande sacerdote e profeta" e deduz o sacerdócio de Elias a partir do sacrifício que havia oferecido a Yahweh no Horeb. S. Ambrósio escreve a respeito de Elias: “O príncipe mais excelso entre o todos os profetas (De viduis 1, 3, em PL, XVI, col. 235). Da sua missão de denunciar o pecado e convidar à penitência, é indicada sobretudo a primeira tarefa, a increpatio (exortação forte e insistente), junto com a dureza de sua vida e o ardente zelo pela glória de Deus (cf. Jerônimo, Contra João. Hieros., 2; Comm. in Ez., 11, 35, em PL, XXIII, col. 356; XXV, col 334ss). É comum a crença de que Elias não está morto; porém morrerá junto com Enoc, no final dos tempos, lutando contra o Anticristo (cf. Santo Agostinho, Ep. 193, 3, 5; De Genesi ad litt., 9, 5, em CSEL, LVII, p. 170; XXVIII, 274ss). Santo Agostinho (De civitate Dei, 20, 29, em CSEL., XL, 2, 503) atesta que "é muito celebrada nos sermões e nos corações dos fiéis" a idéia da volta de Elias como precursor da segunda vinda de Cristo, como São João Batista o havia sido da primeira. Os Padres procuram ver no Apocalipse 11 os detalhes desta missão profética de Elias, uma das mais importantes dentre as muitas que realizou durante sua vida. Nos dois testemunhos do Apocalipse, eles vêem a Enoch e a Elias (Tertuliano, Ambrosiáster, S. Gregório Magno). "O mesmo que há de vir na segunda vinda do Salvador em sua realidade corporal, vem agora na pessoa de João em virtude e em espírito", escrevia S. Jerônimo (Comm. in Ev. Mt., 3, 57, em PL., XXVI, col. 124).
O movimento monástico do séc. IV tomou a Elias como seu modelo, pondo em relevo a continência, a pobreza, a vida no deserto, o jejum, sua oração: nosso príncipe é Elias (cf. Cassiano, Conlatio, 14, 4 em CSEL, XIII, p. 400). A mesma importância e relevo lhe dão os Padres sírios (cf. M. Hayek, v. bibl.).
Elias no Islão (Islã, Islame ou Islamismo)
Em torno da figura de Elias se formaram numerosas lendas judaicas e cristãs que tiveram amplo influxo também no Islão. O próprio Corão (VI, 85 e XXXVII, 123-30) menciona o "profeta" Ilyâs (cf. Y. Moubarac, Le prophète Élie dans le Coran, em Élie, II, 256-68). Por isso, muitos historiadores e comentaristas muçulmanos fizeram comentários sobre Elias. Do mesmo modo, algumas manifestações a cerca da figura legendária de Elias são atribuídas pelo islamismo ao mítico personagem al-Khadir ou al-Khidr (cf. L. Massignon, Élie et son rôle transhistorique, Khadiriya, no Islam, em Élie, II, p. 269-90).
No monte Carmelo existem lugares venerados, ao mesmo tempo, por cristãos, judeus e muçulmanos; o monte Carmelo em árabe é Gebel Mar Ilyas ou "o monte de Santo Elias". (cf. para as lendas muçulmanas cf. A. J. Wensinck, na voz Ilyas, em Encyclopédie de l'Islam, II, Leiden-Paris 1927, com a bibliografia que ali se dá [G. Ricciotti].)
Francesco Spadafora
Elias e o ideal monástico
Aos monges, o tema do aspecto profético de sua própria vida sempre inspirou o mais vivo interesse (cf. Jean Leclercq, La via parfaite. Points de vue sur l'essence de l'état religieux, Turnhout-París 1948, cap. 2, La vie prophétique, 57-81). De fato a espiritualidade da vida de perfeição já foi preparada no AT (cf. Sœur Jeanne d'Arc, Les préparations bibliques de la vie religieuse, VS, XXIV [1956], 474-494). Os grandes profetas Elias, Eliseu e São João Batista foram considerados, junto com outros, como protótipos da vida religiosa.
Antes do início da vida monástica, os Padres apresentaram pouco o profeta Elias como exemplo de vida contemplativa e modelo de vida perfeita. Gustavo Bardy conclui um estudo bastante consciencioso sobre os Padres gregos com estas palavras: "Com certeza, para os leitores, preparados neste sentido, será uma surpresa comprovar que raramente os Padres gregos do século IV propõem Elias como um modelo a ser imitado" (Le souvenir d'Élie chez les Pères grecs, em Élie, I, 137). O mesmo ocorre entre os latinos (cf. Hervé de l'Incarnation, Élie chez les Pères Latins, ibid., p. 206-7).
Os padres do deserto imitam de bom grado o exemplo de nossos antigos padres quanto a fé, sobretudo o de Elias como se percebe na carta aos Hebreus (11,37-38); é um exemplo que inspira sua vida espiritual. Um primeiro testemunho, bastante explícito, de imitação do ideal profético se encontra da vida de Santo Antão, patriarca dos anacoretas. Santo Antão realmente se propunha um progresso contínuo no caminho da perfeição:
Com freqüência repetia a si mesmo as palavras do Apóstolo: "esquecendo-me do que fica para trás, lanço-me para o que está adiante (Fl, 3,13). Recordava também o lema do profeta Elias: O Senhor vive e é necessário que eu compareça hoje em sua presença ("ante cuius conspectu hodie sto"); sublinhava o emprego da palavra hoje, pois contava como nada o tempo passado, considerando de ter apenas começado a servir a Deus, se esforçava a cada dia por alcançar a perfeição necessária para se apresentar diante Dele, isto é, com uma consciência pura e um coração bem preparado para obedecer sempre a Sua vontade e só a Ele servir. “Dizia a si mesmo que convém ao asceta ir ajustando sua vida, a cada dia (=sempre), ao modelo de vida do grande Elias, como quem se olha num espelho" (PG 26, col. 854b).
Era justamente a contínua presença de Deus o que Santo Antão se propunha como ideal. O jovem Onofre que vivia em uma comunidade cenobita da Tebaida, ouvia aos anciãos louvarem a vida eremítica de Elias; "Meus veneráveis irmãos, vocês têm, muitas vezes, me ouvido louvar a vida de nosso santo padre Elias, que procurou se mortificar no deserto com tão grande abstinência e oração que mereceu alcançar do Senhor grandíssima virtude" (PL 73, col. 213). Os eremitas fugiam da vida fácil do mundo para poder chegar a ser cidadãos do céu (cf. Vita Antonini, PG 26, col. 865b) e formar "algo assim como uma região especial de piedade e de justiça" (col. 907b). Santo Ambrósio afirma que os profetas Elias, Eliseu e São João Batista realizaram esta feliz retirada do mundo para o deserto:
Elias fugiu da mulher Jezabel, isto é, do cúmulo da vaidade e fugiu em direção ao monte Horeb, que significa "dessecamento", para que o rio da vaidade carnal se secasse nele e podendo assim conhecer a Deus em maior plenitude. E assim se encontrava junto ao rio Chorrad, que é como dizer torrente do conhecimento, onde podia alcançar a abundância da divina sabedoria, fugindo do mundo até o ponto de não buscar outro alimento além do que os corvos lhe levavam; se bem que para o mais o seu alimento não era desta terra. Passou, por fim, durante quarenta dias sustentado tão só com o alimento que havia recebido. Não era certamente uma mulher, mas o século que afugentava um profeta tão grande; isto é, o que afugentava era a sedução do mundo, o contágio da má companhia, os sacrilégios de uma nação rebelde e ímpia" (De fuga saeculi 6, 34, PL 14, col. 614 bc).
Hervé da Encarnação faz notar: "Fugir do mundo para matar sua sede nas fontes do conhecimento de Deus: Elias podia servir de maravilhoso exemplo e de guia neste ideal, que era o de Ambrósio e o do movimento monástico do século IV (loco cit., p. 193).
Viver na ação e na contemplação, viver nas duras fadigas do corpo e do coração, respirando constantemente o Cristo: eis a maneira mais simples de um eremita adquirir a paz celestial. Amônio, primeiro sucessor de Santo Antão, escreve a seus monges: "Este foi o caso de Elias" (Carta 8, PO X, p. 587; citado por Michel Hayek, Élie dans la tradition syriaque, em Élie, I, p. 165). No mais “era crença comum entre os autores sírios ver em Elias a perfeita realização do ideal monástico” (p. 164). Por isso, não é de se estranhar que em torno dos principais lugares elianos se encontram eremitas, que veneravam e imitavam ao santo profeta.
No século IV, Etéria nos fala da existência de um monastério junto a Tesbi e da habitação de um solitário no vale de Corra, onde Elias tinha habitado nos tempos do rei Acab (Peregrinatio Sylviae 4 e 16, em Itinera Hierosoymitana, CSEL, XXXIX, 1898, 41 e 59). Um século mais tarde Teodósio menciona uns monges que habitavam em Sarepta (De situ Terrae sanctae, 23, ibid., p. 147) e o pseudo-Antonino afirma a presença de eremitas no vale do Jordão (Itinerarium, 9, ibid., p. 165; cf. Élie, I, p. 211).
Também o gênero de vida estabelecido por Pacômio tem certa analogia com o do profeta:
Os cenobitas de Tabenna se vestem com peles, a exemplo de Elias tesbita, acredito que com a finalidade de recordarem-se, à vista desta veste de peles, a virtude do profeta e possam assim resistir corajosamente aos desejos vergonhosos e fazer crescer a esperança de recompensas semelhantes" (Sozomeno, História eclesiástica, III, 14, PG 67, col. 1069b). Na Vita Pachomii, junto com Eliseu e João Batista, Elias é ressaltado como o grande modelo de Santo Antão (PL 73, col. 231a).
Sem dúvida, Basílio, fundador de uma vida verdadeiramente cenobita, apenas lembra o grande solitário do AT. Se Gregório Nazianzeno e Gregório de Nissa, em seus panegíricos, comparam Basílio ao profeta, é mais que nada como lugar comum literário. Notemos, por outro lado, que como ponto de comparação se toma a solidão (Gregório Nazianzeno, In laudem Basilii, PG 36, col. 536b). O mesmo se lê num escrito pseudo-basiliano: "Também foi assim Elias, o qual fugia da confusão dos homens e se comprazia em viver no deserto... Fixa-te em Elias: depois de quanto retiro, de quanto silêncio, de quantos suores mereceu ver a Deus?" (Commentarium in Isaiam, proemium 7, PG 30, col. 129b).
No Ocidente, "os monges que viviam em comunidade sob a regra de São Bento ou de São Cesáreo não tinham os mesmos motivos que os solitários do Oriente para conservar de modo especial a memória do velho profeta que viveu em seu deserto"(B. Botte, Le culte du prophète Élie dans l'Église chrétienne, em Élie, I, p. 214).
Elias como inspirador da vida eremítica
Se Elias não é o fundador, em sentido estrito, da vida monástica, pode ser considerado como seu autêntico precursor. É um mestre, diz Santo Ambrósio, e os monges são seus discípulos (Ep. 63, 82, PL 16, 1211b). Sobre esta primazia escreve São Jerônimo: "Os nossos príncipes Elias e Eliseu e nossos chefes os filhos dos profetas, que habitavam no campo e na solidão, construíam suas tendas perto do rio Jordão" (Ep. 58, ad Paulinum, PL 22, col. 583). E na Vita sancti Pauli ele apresenta, como opinião de alguns, a origem profética da vida monástica:
“Com freqüência muitos se perguntam qual foi o monge que morou por primeiro num ermo. E alguns, remontando-se mais longe, encontraram seu começo no beato Elias e em João Batista" (PL 23, col. 17a). A mesma idéia nos repete Sozomeno como opinião corrente: "Os mestres desta excelente filosofia foram, como dizem alguns, Elias profeta e São João Batista" (l. c., I, 12, PG 67, col. 894a). São Nilo de Ancira chamará a Elias "iniciador de toda vida ascética" (Ep. 181, PG 79, col. 152c). "Eles estabeleceram as primeiras bases desta profissão", disse Cassiano falando de Elias e de Eliseu, que colocaram os seus fundamentos iniciais” (De institutis coenobiorum, I, 2, PL 49, col. 61a; cf. o comentário de Hervé da Encarnação, loco cit., p. 194-195).
A pureza do coração
A pureza do coração é o ideal monástico. Seguindo uma tradição hebraica, desde o princípio a virgindade é atribuída a Elias. Santo Ambrósio o faz na fé (PL 16, col. 192a). São Jerônimo atribui a virgindade também aos filhos dos profetas: "Virgens foram Elias, Eliseu e muitos dos filhos dos profetas" (Ep. 22, 21, ad Eustochium, PL 22, col. 408). São Gregório Magno (Hom. in Evangelia II, 29, 6, PL 76, col. 1217b) e São Nilo (Ep. 181, PG 79, col. 152c) vêem no arrebatamento de Elias a recompensa de sua pureza. De outro lado, esta deve ser entendida no sentido da pureza monástica, da "apátheia". Elias, amando "os segredos da solidão e a pureza do coração", realizou o ideal de um monge: "sabemos que ele se uniu familiarissimamante a Deus pelo silêncio da solidão”. (Cassiano, Collationes 14, 4, PL 49, col. 957a). A respeito desta plena disposição de um coração puro remetemos ao belíssimo texto de Afraates, de inspiração eliana, citado em Élie (t. I, p. 165-166). Além do mais, na vida de Elias se encontram os principais exercícios atléticos do eremita: a solidão, o jejum (cf. S. Ambrósio, De Elia et ieiunio, PL 14, cols. 697-728) e a oração.
A vida de oração
Elias era sobretudo o inspirador da vida de oração. Ele exorta a se praticar a plenitude do amor divino. "Até quando vais estar mancando?", com estas palavras do profeta, Orsiesio exorta a seus monges (Doctrina de institutione monachorum 28, PG 40, col. 882c). A oração de Elias, um homem como nós, foi poderosíssima, por isso, sob este aspecto, se constitui num exemplo completo. O vidente do Horeb e do Tabor é também o exemplo de grande intimidade com o Senhor. Para Máximo, o Confessor, a visão do glorioso Elias na sua gruta é um símbolo da mística apofática :
O Horeb representa... um exercício habitual das virtudes num espírito de graça. A caverna é o mistério da sabedoria escondida na alma, e seu santuário. Quem nela penetra terá a intuição profunda e mística do saber "que supera toda ciência" e na qual se manifesta a presença de Deus. Pois se alguém, como o grande profeta Elias, busca verdadeiramente a Deus, deve não somente "subir ao Horeb" (e é evidente que quem se consagrou à ação deve também aplicar-se à virtude), como também "penetrar no interior da caverna" situada sobre o Horeb, isto é, estar completamente dedicado à contemplação, na obscuridade e no mistério mais profundo da sabedoria, fundada sobre uma prática habitual da virtude" (2 Centuria, citado por François de Sainte-Marie, em Les plus vieux textes du Carmel, 47ss). Convém também citar um famoso texto místico de São Gregório Magno (In Ezechielem, II, 1, 17, PL 76, col. 948a).
A mística hesicasta, que vê o lugar místico na luz do Tabor (cf. art. Contemplation, DS, II, cols. 1851-1854), pode igualmente refazer-se no exemplo de Elias. Pedro o Atonita (séc. VIII) é, talvez, o primeiro dos hesicastas a quem se elogia com estas palavras: "Tu decidiste habitar no monte Athos como Elias no Carmelo, para buscar a Deus no silêncio" (citado por Théodosy Spasky, Le culte de prophète Élie et sa figure dans la tradition orientale, em Élie, I, 222).
No Oriente, na celebração litúrgica, é aplicado a Elias o título dos santos monges: "anjo terrestre e homem celestial" (ibid., p. 221). No Ocidente se encontra apenas algum rastro de um culto litúrgico tributado ao Santo Elias (B. Botte, Le culte du prophète Élie dans l'Église chrétienne, em Élie, I, 213-6). Entre os próprios Carmelitas a festa de Elias é bastante tardia (Pascal Kallenberg, Le culte liturgique d’Élie dans l'Ordre du Carmel, em Élie, II, p. 138). O prefácio próprio da festa de Santo Elias cantava (até a última reforma litúrgica): "coloquei os fundamentos da vida monástica".
Elias e os Carmelitas
No tempo das cruzadas, alguns soldados se retiraram ao Monte Carmelo, atraídos pela beleza do lugar, pela sua posição geográfica e também pela lembrança do profeta. Tiago de Vitry, a princípios do século XIII, traçou um quadro retrospectivo do renascimento espiritual da Terra Santa depois das cruzadas dos séculos XI e XII:
“Devotos peregrinos e homens santos de diversas partes do mundo, compareciam a Terra Santa... Varões santos, renunciando ao século, impulsionados por vários sentimentos, desejos e tomados pelo fervor religioso, escolhiam os lugares mais aptos para seu santo propósito e devoção... Alguns, a exemplo e imitação do santo e solitário varão Elias profeta, no Monte Carmelo e particularmente naquela parte que domina a cidade de Porfiria que hoje se chama Haifa, junto à fonte chamada de Elias e não longe do monastério da virgem Santa Margarida, levavam uma vida solitária em alvéolos de pequenas celas, elaborando qual abelhas do Senhor o mel da doçura espiritual" (Historia orientalis sive hierosolymitana, I, caps. 51-52; ed. J. Bongars, Gesta Dei per Francos, Hanoviae 1611, p. 1075).
Entre os anos 1206-1214, um grupo de monges latinos, que viviam "junto à fonte no Monte Carmelo", receberam das mãos de Alberto, patriarca de Jerusalém, uma “norma de vida”, confirmada depois pelo papa Honório III em 1226. Estes viriam a ser os Carmelitas, os irmãos de Nossa Senhora do Carmelo e os filhos de Elias. Não é certo que fora a veneração do profeta Elias o que atraiu estes eremitas ao Monte Carmelo. A Regra não fala de uma inspiração eliana da vida carmelitana. Mais tarde, Nicolau Gálico, ao expressar seu desejo de que os Carmelitas recobrassem a pureza da vida eremítica, não invoca em sua Ignea sagitta o exemplo do grande solitário do AT. É mais provável que o nascimento e desenvolvimento da devoção a Santo Elias tenha surgido do fato de habitarem o Monte Carmelo e, mais tarde, a lembrança conservada. Só ao longo da história é que o tema de Elias se tornou "parte integrante" da espiritualidade carmelitana. Alguma alusão à lenda sobre uma vida eremítica ininterrupta no Monte Carmelo desde o tempo de Elias até as Cruzadas, se encontra na rúbrica prima das Constituições do Capítulo de Londres do ano 1281:
“E assim dizemos, dando testemunho da verdade, que a partir dos profetas Elias e Eliseu, devotos habitantes do Monte Carmelo, alguns santos padres, tanto do Velho como do Novo Testamento, realmente apaixonados pela solidão deste monte, tão adequado à contemplação das coisas celestiais, viveram ali, sem dúvida, de modo digno de louvor, junto à fonte de Elias, em santa penitência, praticada sem interrupção com santos resultados. E nos tempos de Inocêncio III, Alberto patriarca da igreja de Jerusalém reuniu numa comunidade ("collegium") os seus sucessores e lhes escreveu uma regra, que o Papa Honório, sucessor de Inocêncio, e numerosos outros depois dele, aprovando esta Ordem a confirmaram tão devotamente, como o atestam suas bulas. E nesta profissão que nós, seus discípulos, servimos ao Senhor até o dia de hoje nas diversas partes do mundo” (texto latino em AnalOC, XV [1950], p. 208).
Se havia ainda uma diferença entre os primeiros eremitas do Antigo e do Novo Testamento e seus sucessores da época de Inocêncio III, na primeira rubrica das Constituições de 1324, os sucessores aparecem já nos tempos de Cristo. É assim que se forma a idéia da ininterrupta sucessão hereditária da Ordem do Carmelo. Esta convicção desembocará no tão penoso litígio entre os Carmelitas e Daniel Papenbroek. Entretanto, a figura de Elias foi se tornando cada vez mais significativa na espiritualidade da Ordem. No século XV Tomás Waldense escreve, sem ulteriores correções: "nossa profissão religiosa nos estimula a viver segundo sua inspiração" (Mhc, p. 446).
Tudo indica que foi João Baconthorp, morto em 1346, quem pela primeira vez uniu a devoção mariana da Ordem do Carmelo com a lembrança do profeta Elias:
“Segundo os profetas (as profecias?), os Frades do Carmelo nasceram especialmente para venerar à Santíssima Virgem Maria... E posto que [a Virgem Maria] é honrada e pregada através do Carmelo, convém que no Carmelo, dado a ela, exista os carmelitas que a venerem de um modo especial. E assim foi na antiguidade. Na realidade as profecias se compreendem à luz dos acontecimentos... Quantos profetas e reis estiveram no Carmelo rendendo honras à Senhora do lugar, a bem-aventurada Maria! Para continuar o culto à Virgem Maria em seu Carmelo, nasceu a Ordem dos Irmãos do Carmelo. Porque o culto celebrado nos lugares dos santos é tributado primeiro a Deus e depois aos próprios santos... Mas também se todos aqueles que deveriam ser salvos na época dos profetas honraram ao futuro Filho da Virgem Maria..., com muito maior razão os religiosos do Carmelo, venerando no tempo de Elias e Eliseu aquele que havia de vir, instauraram no Carmelo sua Ordem da bem-aventurada Maria... Consequentemente é para este culto que tiveram origem” (Speculum de institutione Ordinis, cap. I; texto latino também em Élie, II, p. 42-43).
A forma mais completa desta espiritualidade eliana e profética encontra-se num escrito do séc. XIV, o Liber de institutione primorum monachorum (texto também em AnalOC, II [1914-16], p. 347-49).
Cosmas Peters
Culto a Elias
Não há dúvida quanto a antiguidade do culto tributado a Elias nas Igrejas orientais. Os cristãos, que visitavam a Terra Santa, paravam para rezar nos lugares que evocavam os santos do AT. O Iter Burdigalense recorda como lugares elianos: o Monte Carmelo, a montanha da Transfiguração e a colina de onde Elias foi arrebatado ao céu (B. Botte, Le culte du prophète Élie dans l'Église chrétienne, em Élie, I, p. 210). O santuário mais conhecido é o de Sarepta. São Jerônimo, ao narrar a viagem de Paula, a apresenta entrando para rezar na pequena torre da viúva de Sarepta (Ep. 108, 18, em PL, XXIV, col. 882). Elias é venerado também como taumaturgo por ter ressuscitado o filho da viúva.
Um outro santuário é indicado por Etéria (fim do séc. IV) situado sobre o Horeb. O culto a Elias, como o de outros santos do AT, não tardou em ultrapassar os confins da Palestina. A epigrafia nos permite verificar sua irradiação. Assim, por exemplo, na província da Arábia as inscrições atestam que Elias é o santo mais popular do Ledgaa (cf. Devreesse, Le christianisme dans la providence d'Arabie, em Revue Biblique, LI [1942], p. 110-46). Na Síria uma inscrição atesta de que os habitantes de Ezra construíram às suas custas uma igreja dedicada a Elias, no ano 542. Em Bizâncio uma tradição atribui a fundação de um santuário de Elias às legiões do imperador Zenão, depois de sua campanha da Pérsia, como ação de graças por uma aparição do profeta ao exército. No Petrion de Constantinopla se celebrava sua festa dia 20 de julho (Synax. Constantinop., col. 832). E na mesma data as Igrejas sírias celebram a memória do Santo, desde o século XV. Entre os Maronitas esta data figura somente a partir de 1673. Antigamente a festa de Elias era geralmente ligada às festas que celebravam as manifestações de Cristo ao mundo, mais precisamente a Circuncisão, que a Igreja Jacobita do Egito celebrava dia 1º de janeiro, era acompanhada de uma ampla memória de Elias. O mesmo ocorria no dia 6 [de agosto], solenidade da Transfiguração, em que Elias aparece junto com Moisés. Às vezes a lembrança de Elias se repetia no dia seguinte, como entre os Melquitas (PO, X, p. 310). Os Nestorianos e os Jacobitas celebravam também esta solenidade no dia 2 de outubro, mês consagrado a Moisés e considerado como o primeiro do ano. O mês de setembro, portanto, encerrava o ciclo e representava o final do ciclo anual. Elias, o precursor prometido, para preparar o triunfo final do Messias, é especialmente recordado nos seis domingos sucessivos, que vão de 6 de agosto a 14 de setembro.
Antigamente, nas Igrejas sírias se celebrava a festa de Elias com o nome de "Migração" (Forget, SA, p. 192).
Também na Igreja Oriental Ortodoxa a festa de Elias é celebrada no dia 20 de julho, precedida de uma vigília, na qual a memória de Elias esteve durante muito tempo associada ao culto ao Profeta Eliseu, que é honrado separadamente em 14 de junho.
Em Constantinopla prosperou igualmente a devoção a Elias. Basílio o Macedônio (séc. IX), além de restaurar o antigo santuário do Petrion, construiu uma igreja dedicada ao nome do Salvador, de São Miguel e de Santo Elias, uma outra em honra de Santo Elias no bairro de Mangani (cf. F. Halkin, Inscriptions Grecques relatives à l'Hagiographie, em Anal. Boll., LXXI [1935], p. 326-58), e enfim uma capela em seu próprio palácio (cf. PG, CIX, cols. 336, 354). Constantino Profirogênito (ibid., col. 237) explica esta devoção do imperador para com Elias como motivada por uma aparição do profeta à mãe do imperador, em que lhe predisse o destino imperial de seu filho. O Sinassario Constantinopolitano (col. 230) marca ainda no dia 13 de janeiro a dedicação de uma igreja em honra do profeta no monastério de Batyriax.
O Oriente bizantino permaneceu fiel a esta tradição. Em 1918, numa espécie de estatística das igrejas da Grécia, sobre um total de 4.637, encontramos 752 dedicadas à Santíssima Virgem, 196 a Santo Atanásio, 189 a São João Batista, 75 a Elias e 69 a São Jorge.
Sabe-se que na Igreja latina os santos do Antigo Testamento tiveram um culto muito limitado. A liturgia de Roma, que se difundiu muito cedo em todo o Ocidente, celebrava quase unicamente os mártires, aos quais se agregaram depois os bispos que haviam lutado pela ortodoxia da fé, sob o nome de confessores.
Apenas uma festa de santos do AT entrou na liturgia romana: a dos Macabeus, dia 1º de agosto, precisamente porque eram mártires. O culto de Elias começou no Ocidente, ao que tudo indica, em Auxerre (cf. Messes de Mone: B. Botte, Une fête du prophète Élie au VI siècle en Gaule, em Cahiers Sioniens, III [1950], p. 170-77), provavelmente na mesma data de 20 de julho: todo o Prefácio está dedicado a Elias. Porém é o único testemunho que existe anterior ao século XV. Por influência dos menológios bizantinos, os santos do AT começaram a figurar nos martirológios. Elias teve que esperar até a publicação da “editio princeps” do Martirológio Romano (1583). Os mesmos Carmelitas não lhe prestaram um culto senão muito tardiamente. O Ordinale carmelitano de Siberto de Beka, de 1312, não menciona sua festa. Esta aparece por primeira vez no Missal Carmelita de 1551. O Prefácio de Elias foi aprovado pela Sagrada Congregação de Ritos em 1919. O culto ao Profeta não pertence, portanto, à liturgia romana, porém é próprio dos Carmelitas. Não parece que no Ocidente existam igrejas dedicadas a Elias, fora das que se encontram na Itália bizantina. Na concessão do novo “Próprio” dos Carmelitas, aprovado em 17 de abril de 1972, a Sagrada Congregação para o Culto Divino disse: “para dar realce ao Fundador ideal da Ordem [Carmelita], concede de bom grado que a festa de Santo Elias seja celebrada com o grau de solenidade”. Já se havia concedido aos Carmelitas Descalços no dia 20 de outubro de 1971 o grau de festa.
Francesco Spadafora
Iconografia sobre Elias
Nas numerosíssimas representações da arte bizantina e ocidental, o Profeta Elias aparece em geral vestido como um santo eremita do deserto. Os seus sinais distintivos são o corvo (que o alimentou no deserto), uma espada flamejante, uma roda de carro (alusiva a sua ascensão) e às vezes uma pá. Os caracteres iconográficos da figura do profeta derivam assim da tradicional interpretação de Elias como precursor de São João Batista. Como prefigura de Cristo, ao qual lhe associam muitos episódios de sua vida, o profeta é sempre representado no deserto enquanto é consolado ou alimentado por um anjo (afrescos do séc. XIV na Catedral de Orvieto; Tiépolo, teto do Palácio arcebispal de Udine), ou enquanto ressuscita o filho da viúva de Sarepta (afrescos do séc. III na sinagoga de Dura Europos, e do século XIV no convento de Emaús, em Praga), ou então arrebatado no carro de fogo.
A ascensão de Elias é o tema mais difundido e tratado, por sua referência à Ascensão de Cristo, por outros diversos significados simbólicos e sobretudo porque falava já de um modelo iconográfico preconstituído na figura clássica de Helios-Apolo sobre seu carro de fogo. Fora algumas representações medievais nas quais o profeta aparece sobre um carro sem cavalos, ou então levado por cavalos sem carroça, a iconografia tradicional nos apresenta Elias enquanto é elevando ao céu sobre um carro puxado por dois ou quatro cavalos, às vezes guiado por um anjo, estendendo a mão direita para Deus, enquanto que com a esquerda entrega seu manto ao profeta Eliseu que fica cego com esta visão.
Com freqüência se localiza o episódio com a representação do rio Jordão, personificado numa divindade fluvial clássica. Entre as numerosíssimas e antiquíssimas representações deste episódio podemos recordar as dos afrescos do cemitério de Domitila em Roma, dos sarcófagos paleocristãos do Louvre e da Basílica Vaticana, dos relevos das portas de madeira de Santa Sabina em Roma, de muitíssimas miniaturas medievais, dos relevos da Catedral de Cremona do séc. XII, etc.
Numerosos outros episódios da vida e dos milagres do Profeta estão também representados, em geral, nas igrejas pertencentes à Ordem do Carmelo, como na de San Martino ai Monti em Roma, na capela dos carmelitas descalços de Paris e nas igrejas carmelitas de Córdoba e de Madrid. Como Patrono da Ordem, Elias aparece vestido com o hábito de religioso carmelita com os sinais e caracteres iconográficos tradicionais. Raramente o Profeta aparece com armadura de guerreiro (por ex.: afrescos de Santo Elias em Nepi).
Entre os episódios mais freqüentemente narrados nos ciclos acima citados são evidentemente o Sacrifício no Monte Carmelo com o milagre do fogo descido do céu, que prefigura da vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (por ex.: afrescos do séc. III na sinagoga de Dura Europos, taracea marmórea de Beccafumi na Catedral de Siena); Elias alimentado pelos corvos, tema habitual nos refeitórios dos conventos do Monte Athos (outro exemplo é a pintura de Rubens, Louvre de Paris); Elias socorrido pela viúva de Serepta (por ex.: vitral da Catedral de Chartres do séc. XIII, e pintura de Juan Lanfranco no Museu de Poitiers); a Matança dos 450 profetas de Baal, tema muito freqüente na arte bizantina e russa; e finalmente Elias separando com seu manto as águas do Jordão (por ex.: relevo do séc. XII na fachada do Monastério de Ripoll, na Catalunha).
Francesco Negri Arnoldi
Folclore sobre Elias
A popularidade de Elias foi verdadeiramente extraordinária. A narração bíblica, nos chamados ciclos elianos do AT e nos textos da Transfiguração no NT, por sua grandiosidade e eficácia impressionava grandemente a imaginação do povo, principalmente devido ao seu arrebatamento ao céu e por causa da crença de sua permanência em vida, da sua intervenção em favor dos bons em suas necessidades e do seu regresso para lutar contra o anticristo no final dos tempos.
No tempo de São Martinho, um jovem, apresentando-se como sendo Elias e sustentando tal afirmação com pretensos milagres, chegou a seduzir várias pessoas e inclusive a um bispo (Sulplicio Severo, Vita sancti Martini, 24, em CSEL, I, p. 133). No tempo de S. Gregório Magno, como ele mesmo conta (Ep. 38, em PL, LXXVII, col. 635), um judeu chamado Nasas atraía na Sicília os cristãos em torno a um altar por ele construído em honra a Elias.
Nos costumes eslavos, a festa de Elias adquiriu uma particular importância, que a distinguia das outras festividades. O dia de Elias, chamado "Elias, o trovão", era esperado como se aguarda um dia de descanso, com interrupção dos trabalhos no campo. Segundo as crenças populares, Elias comanda o trovão e a chuva, e na sua ira pode mandar a seca. Segundo o historiador Zabelin (Les coutumes, les traditions, les légendes... russes, Moscou 1800, p. 96), na consciência popular da velha Rússia, Perun, o deus pagão do trovão e do relâmpago, cedeu o lugar ao profeta Elias, venerado também - fato notável - pelos Buriatas e Tártaros. A vida de Elias esteve vinculada aos fenômenos celestes, ao trovão, à chuva e à seca. O povo via em Elias um intercessor junto a Deus para o duro trabalho nos campos (cf. indícios destas crenças no Eucologio [ou ritual], Leópolis 1695). Nos campos de Novgorod, onde em 1198 surgiu a primeira igreja em honra de Elias e onde se transferiu o culto do santo, desde Kiev, o barulho do trovão era explicado como a passagem do carro de Elias sobre as nuvens.
Nas comunidades sírias, antes de se tornarem cristãs, Elias, por influência das lendas judaicas, já havia se transformado num ser misterioso, meio anjo e meio homem, coberto de penas e capaz de voar para socorrer aqueles que a ele se dirigiam.
Nestas crenças populares se inspirou também Eugênio Sue, autor de "O judeu errante".
No dia 20 de julho se reúne no Monte Carmelo uma grande multidão de devotos de Elias: cristãos de vários ritos, judeus e muçulmanos. Todos sobem ali com os mais variados meios de locomoção ou a pé, para cumprir seus votos, para apresentar suas crianças ao batismo e principalmente para cantar e dançar em honra do profeta. Do interior do monastério se escuta o rumor de uma grande feira: toda aquela gente tão diferenciada se reúne ali cada ano em nome de Elias, o qual continua exercendo sua fascinação e sua notável influência na vida e nas crenças daqueles povos.
Francesco Spadafora
(Título original: Elia Profeta, em Santi del Carmelo, Institutum Carmelitanum, Roma 1972, p. 136-153)

historia de elias

Missionária é morta a tiros no México

Missionária é morta a tiros no México

Ela e o esposo, originários da Índia, trabalhavam num ministério evangelístico no país
Missionária é morta a tiros no México
Uma missionária morreu num hospital no sul do Texas (EUA) após o caminhão em que ela e o marido estavam entrar em conflito com o posto de controle do cartel de Drogas.

Nancy Davis, 59 anos, morreu em McAllen a cerca de uma hora e meia após ser atingida por homens armados. Sam Davis disse às autoridades que estavam a cerca de 70 Km ao sul da fronteira, quando eles aceleraram pelo posto, provocando uma perseguição e tiroteio, onde Nancy foi golpeada na cabeça.

O casal, originário da Índia, trabalhava num ministério no México. Como preocupações de segurança, os EUA emitiram um alerta de viagem no Departamento de Estado.

O diretor de ministérios de fronteira da Buckner International Jorge Zapata disse: "Há muitos ministérios que a gente costumava fazer no México, mas por causa da violência, estamos protegendo os grupos de missão".

Mesmo com a violência, equipes missionárias não estão sentindo o impacto no número de equipes. Por enquanto, uma agência relatou uma correlação direta entre a queda no número de envio de missionários ao México e o aumento da violência. 

Mas as equipes disponíveis para levar o Evangelho não fazem diminuir as necessidades espirituais ou da pobreza esmagadora.

Zapata diz que trabalhar com as colônias do lado dos EUA abre muitas portas. "Temos mais grupos de missão que vão para o nosso ministério por causa da violência que está ocorrendo no México. Grupos missionários descobrem o que o Ministério Buckner tem feito ao lado do Texas, com famílias que vivem na pobreza e cumprem o ministério com as comunidades locais".

Na verdade, as equipes têm feito no lado dos EUA o que eles faziam na fronteira com o México. “Estamos trabalhando com os ministérios e autoridades locais com 32 centros comunitários ao longo da fronteira, de Brownsville, Texas, todo o caminho até El Paso, ao lado de grupos México. A Missão deve se sentir segura e protegida, porque mesmo o nosso pessoal de segurança local tem aumentando a sua segurança quando grupos de missão vêm para a fronteira". 


Missionária é morta a tiros no México

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Missionária é morta a tiros no México
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Nancy Davis, 59 anos, morreu em McAllen a cerca de uma hora e meia após ser atingida por homens armados. Sam Davis disse às autoridades que estavam a cerca de 70 Km ao sul da fronteira, quando eles aceleraram pelo posto, provocando uma perseguição e tiroteio, onde Nancy foi golpeada na cabeça.

O casal, originário da Índia, trabalhava num ministério no México. Como preocupações de segurança, os EUA emitiram um alerta de viagem no Departamento de Estado.

O diretor de ministérios de fronteira da Buckner International Jorge Zapata disse: "Há muitos ministérios que a gente costumava fazer no México, mas por causa da violência, estamos protegendo os grupos de missão".

Mesmo com a violência, equipes missionárias não estão sentindo o impacto no número de equipes. Por enquanto, uma agência relatou uma correlação direta entre a queda no número de envio de missionários ao México e o aumento da violência. 

Mas as equipes disponíveis para levar o Evangelho não fazem diminuir as necessidades espirituais ou da pobreza esmagadora.

Zapata diz que trabalhar com as colônias do lado dos EUA abre muitas portas. "Temos mais grupos de missão que vão para o nosso ministério por causa da violência que está ocorrendo no México. Grupos missionários descobrem o que o Ministério Buckner tem feito ao lado do Texas, com famílias que vivem na pobreza e cumprem o ministério com as comunidades locais".

Na verdade, as equipes têm feito no lado dos EUA o que eles faziam na fronteira com o México. “Estamos trabalhando com os ministérios e autoridades locais com 32 centros comunitários ao longo da fronteira, de Brownsville, Texas, todo o caminho até El Paso, ao lado de grupos México. A Missão deve se sentir segura e protegida, porque mesmo o nosso pessoal de segurança local tem aumentando a sua segurança quando grupos de missão vêm para a fronteira". 


Muçulmanos aumentarão o dobro de vezes mais rápido, diz estudo

Muçulmanos aumentarão o dobro de vezes mais rápido, diz estudo

Segundo estudo, em 2030 os muçulmanos representarão 26,4% da população mundial
Muçulmanos aumentarão o dobro de vezes mais rápido, diz estudo A população muçulmana vai crescer duas vezes mais rápido que as outras, durante os próximos vinte anos, tempo em que constituirá mais de um quarto dos habitantes do planeta, revelou um estudo norte-americano publicado nesta quinta-feira (27).

Segundo o estudo intitulado ‘The Future of the Global Muslim Population’ (O Futuro da população muçulmana), em 2030 os muçulmanos vão constituir 26,4 por cento da população mundial, contando então com 8,3 milhões de pessoas.

Descoberta em Israel coloca em xeque a teoria evolucionista

Descoberta em Israel coloca em xeque a teoria evolucionista

Publicação na Science vai mudar mapa da ocupação do planeta pela espécie humana
Descoberta em Israel coloca em xeque a teoria evolucionista
Uma equipe de cientistas da Universidade de Telaviv descobriu numa gruta em Israel fósseis que parecem ser do homem moderno, mas que estão em camadas de terra com idade entre os 400 e 200 mil anos – mais antigas do que o nascimento dos antepassados diretos do Homem. A descoberta deixou a comunidade científica em alvoroço.

O que é que esta gente estava fazendo lá? Essa é a pergunta que arqueólogos pelo mundo inteiro estão fazendo agora, pois o assunto foi parar na na revista Science e a descoberta vai mudar o mapa da ocupação do planeta pela espécie humana. O que aconteceu - arqueólogos encontrar artefatos humanos fora da África muito antes de os humanos terem saído da África - muda muita coisa na ciência. Eles não precisaram se esforçar muito para perceber que isso não fazia muito sentido. A descoberta muda todo o quadro do processo evolutivo aceito até hoje pela comunidade científica.

É consenso há décadas que o homo sapiens (classificação do homem segundo a teoria evolucionista) surgiu na África há 200 mil anos e saiu do continente para ocupar todos os cantos do mundo há 60 mil. Mas as ferramentas humanas de cortar, furar e raspar (especialmente coisas parecidas com machados) encontradas nos Emirados Árabes têm 125 mil anos. Os donos dos machados poderiam, de fato, ter atravessado o Mar Vermelho com certa facilidade, molhando apenas as canelas. O mar estava, dizem os climatologistas, bem mais seco na época, tendo várias regiões rasas.

Os livros didáticos, então, terão de alterar seus números nas próximas edições. "O estudo levanta muito mais perguntas que respostas", diz Jeffrey Rose, arqueólogo da Universidade de Birmingham (Reino Unido). Ele fala isso porque ninguém sabe se essa expedição humana pioneira teve sucesso (e então seria razoável imaginar que eles acabaram chegando em regiões como a Índia e até a Austrália) ou se estamos falando apenas de uma meia dúzia de perdidos que se afastaram da África e acabaram morrendo, sem deixar descendentes.

Se a última hipótese for a verdadeira, a resposta para a pergunta que inicia este texto é simples: estavam, sim, desbravando a região, mas acabaram fracassando e não são nossos ancestrais, honra que fica reservada mesmo para grupos que saíram da África milhares de anos depois, como já se imaginava.

Mas é difícil cravar essa conclusão. Primeiro porque o clima da península Arábica, na época, não era desértico: esses pioneiros devem ter encontrado grandes savanas, repletas de grandes animais como gazelas, para a alegria dos bons caçadores. Se a comida era farta, por que eles teriam morrido fácil? A hipótese de guerra também não convence muito: não existem evidências de que outras espécies de hominídeos pudessem oferecer risco.

Os neandertais, por exemplo, viviam bem longe, perto da Europa. Justamente por ser uma região então mais úmida, é difícil acreditar que fósseis humanos de então possam ser encontrados hoje na região, trazendo mais informações sobre o que aconteceu com esse grupo. A umidade do solo não favorece a conservação dos ossos - por isso é difícil encontrar fósseis na Amazônia, por exemplo. Existe uma chance, então, de simplesmente não ser possível saber qual foi o destino daquelas pessoas.

Voluntários encaminham jovens a centros de recuperação

Voluntários encaminham jovens a centros de recuperação

Operação Jesus Transforma é uma ação missionária que envolve centenas de voluntários na proclamação do Evangelho
Voluntários encaminham jovens a centros de recuperação
Em São Marcos, RS,  voluntários da Trans conseguiram abordar três jovens viciados em crack. Aceitando o convite para almoçar com a equipe da Trans, os dois rapazes e a moça ouviram a Palavra de Deus e aceitaram ser encaminhados a centros de recuperação para tratamento. Segundo os voluntários, foi um momento marcante para a equipe. A jovem estava emocionada pela forma como foi ajudada.

Intensificar o trabalho de recuperação de dependentes químicos é uma das metas de Missões Nacionais. Interceda para que mais pessoas se comprometam a contribuir, seja financeiramente ou indo aos campos, dando respostas a este grande desafio.

Projeto Trans

A operação Jesus Transforma, ou Trans, como é mais conhecida, é uma ação missionária que envolve centenas de voluntários na proclamação do evangelho em cidades e bairros não alcançados, onde o conhecimento do verdadeiro Deus está ausente, objetivando ao fim a plantação ou a revitalização de uma igreja.

Ao fim de cada projeto, missionários nomeados por Missões Nacionais têm a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho em cada cidade e bairro alcançado, firmando na fé os novos convertidos, estruturando liderança e, por fim, tornando a igreja auto-sustentável e com DNA missionário.

Participar de uma Trans é, acima de tudo, demonstrar paixão pelas almas perdidas e comprometimento com o Reino. Os que decidem viver essa experiência passam antes por um período de treinamento e capacitação, recebendo informações sobre o campo de atuação e aprendendo técnicas de evangelização arrojadas que ajudarão nos trabalhos de visitação, abordagem nas ruas, trabalho com crianças e serviço social.

Além de ser uma ótima oportunidade para praticar o Ide de Cristo, a Trans proporciona períodos preciosos de comunhão com batistas de várias partes do Brasil.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Novo protesto do polêmico pastor dos EUA

Novo protesto do polêmico pastor dos EUA

Terry Jones agora planeja ``julgar´´ o Corão
Novo protesto do polêmico pastor dos EUA Terry Jones, pastor da igreja evangélica Dove World Outreach, em Gainsville, no norte do estado, fixou o dia 20 de março como a data do "Dia do julgamento internacional do Corão", às 20h (de Brasília), informou nesta terça-feira a imprensa local.

O religioso divulgou seus planos em um vídeo que publicou no YouTube e no qual informa que "o Corão será julgado" e haverá advogados e testemunhas.

"O Corão é o acusado. Nós estamos acusando o Corão de assassinato, violação e de ser responsável por atividades terroristas ao redor do mundo. Estamos acusando o Corão destes atos violentos", disse Jones no vídeo.

Incenticou os que defendem o Corão a ligarem e indicarem "quem será o advogado de defesa. Desafiamos que o façam. Não falemos, queremos ver ação e que nos demonstrem. Venham nos demonstrar nesse dia, 20 de março, o dia que o Corão será julgado".

"Nós teremos um juiz, vamos chamar testemunhas e vocês podem chamar testemunhas", precisou.

"Desafiamos vocês. Da última vez vocês, os islamitas, demonstraram ter uma boca muito grande. Falaram muito e seguiram falando para dizer o quão pacífico era o Corão. Bom, venham e demonstrem", acrescentou.

Se o livro sagrado do islã, detalhou, for considerado culpado poderá ter quatro castigos: "ser queimado, se essa for a vontade das pessoas, afogado, picado ou fuzilado".

Em setembro de 2010, Jones chamou a atenção da comunidade internacional após anunciar que queimaria cópias do Corão, mas voltou atrás em seus planos depois que governantes do mundo advertiram que sua ação poderia incitar a violência.

O pastor previa queimar exemplares do livro sagrado do islã no nono aniversário dos atentados de 11 de setembro.

A iniciativa de Jones suscitou a ira do mundo islâmico e a condenação do Governo americano, do Vaticano e da União Europeia, entre outros.

A Verdade por trás das estatísticas de crescimento das denominações cristãs A confiabilidade das igrejas está em baixa

A Verdade por trás das estatísticas de crescimento das denominações cristãs

A confiabilidade das igrejas está em baixa
O CPAD NEWS publicou assustadora pesquisa. Trata-se do Índice de Confiança Social que, entrevistando 3.802 pessoas nos países de Porto Rico, Argentina e Brasil, apresenta um dado alarmante. A confiabilidade das igrejas está em baixa!

Na pesquisa, a Família aparece em primeiro lugar, a população de modo geral em segundo, os vizinhos em terceiro, os amigos em quarto, o corpo de bombeiros em quinto e as igrejas em sexto.

Será que é difícil entender essa queda? A pesquisa não apresenta as razões pelas quais a confiança dos cidadãos na igreja diminuiu de 58% para 53% na Argentina (5%) e de 76% para 73% no Brasil (3%).

Porém não é difícil imaginar! É só olhar os noticiários que envolvem escândalos entre os líderes religiosos, disputas acirradas pelo poder eclesiástico, e vida nababesca de líderes que a cada programa retiram o pouco que resta de uma população excluída e marginalizada, que sofre de várias doenças sociais.

O “cristo” que eles anunciam e servem não é o mesmo CRISTO pregado pelos apóstolos e pelo Novo Testamento. Nosso Senhor Jesus não retirou qualquer dracma dos pobres e não deseja sequer um real dos homens de hoje. Mas os ministérios grandiloquentes, esses sim, precisam cada vez mais ostentar o luxo de seus líderes grandílogos e o “cristo” do “berço esplêndido” e do “trono de glória” no lugar do verdadeiro Cristo da Manjedoura e do Calvário. Não precisamos saber as razões, você e eu as vemos em cada esquina!

No Brasil, nos orgulhamos de “ser uma nação evangélica”?! Certas denominações gostam de apresentar cifras estratosféricas da membresia. Os “evangelásticos” apresentam no lugar de 30 convertidos 300; é só acrescentar um zero, e tudo resolvido. Se entregássemos a certos institutos de pesquisas a responsabilidade de realizar um censo da membresia das denominações certamente veríamos que o título de nação mais cristã da América Latina baseia-se em dados discutíveis e inconfiáveis. Mesmo que eu esteja errado quanto à cristianização do povo brasileiro, também não é isso que desejo aqui discutir, me pergunto qual a importância disso? Serve, em minha opinião, apenas para lustrar o orgulho dos líderes e das denominações.

Prezado leitor não é estranho o fato de nos ufanarmos tanto dos números de adeptos das denominações evangélicas e não haver qualquer melhoria na sociedade? A corrupção, a ganância, a pobreza, a injustiça social, a fome e a miséria ainda são fatos latentes na realidade cotidiana. E mesmo assim não nos damos conta de que o avanço do Evangelho de Cristo significa o avanço da justiça, da verdade, da equidade, da fraternidade e do amor na sociedade e no cotidiano das pessoas.
Se vangloriamo-nos de sermos uma nação evangélica, que admitamos também a nossa inoperância e ineficácia para mudar a realidade do povo brasileiro.
Só a Deus a Glória

O Medo: sua natureza e como vencê-lo!

O Medo: sua natureza e como vencê-lo!

O medo é resultado da natureza pecaminosa do homem
O temor de Deus é o único temor que remove todos os outros. Com esta frase, Jay Adams sintetiza a verdade bíblica a respeito do medo [1]. Deus criou o homem perfeito, sem medo e sem culpa. Na criação primitiva do homem, havia completa harmonia entre espírito, alma e corpo. O homem era integral, inteiriço, sem qualquer transtorno espiritual, psíquico, emocional e fisiológico.

'Ĕlohîm criara o homem refletindo sua imagem e semelhança (Gn 1.27,28). Existia completa harmonia entre a imagem moral e natural. Todavia, essa conformidade entre a natureza moral e natural, entre espírito, alma e corpo, entre o espiritual e o somático foi interrompida pelo pecado.

Primeiro registro bíblico

O primeiro registro bíblico da palavra "medo", "temor" ou "pavor" acha-se em paralelo ao problema do mal moral, do pecado, da Queda, do pecado original. Diz a Bíblia: E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. (Gn 3.9,10). O medo, segundo o literato de Gênesis, é produto do pecado, ou melhor, da perda da comunhão com Deus. Não há medo quando o crente está na relação certa com o Criador! Enquanto Adão mantinha-se em harmonia e comunhão com Deus, nada o atemorizava. O medo não existia antes da Queda, mas assumiu o posto da emoção humana quando o homem foi suficientemente corajoso para desobedecer o mandamento divino!

O primeiro medo


O primeiro medo não foi o de pecar, de ouvir a serpente, ou o medo da morte, mas o de ouvir a suave voz de Deus: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. O pecado afetou tanto a comunhão com Deus, que o homem temera a voz de seu Criador. Quão diferente é o temor de Habacuque: Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi (3.1). O temor do profeta o motiva a clamar ainda mais ao Senhor: aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia. Na relação certa com Deus, o temor se torna em oração suplicante e intercessória.

Porém, rompida a comunhão com 'Ĕlohîm, o medo se torna em desespero e transferência de culpa: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi (Gn 3.12). O medo é desagregador, assim como o pecado. Faz com que o indivíduo desconfie do outro, que lhe é semelhante. Ao contrário do amor que não "suspeita mal ... [e] tudo crê" (1 Co 13.4-7), o medo desconfia das pessoas, suspeita mal até das boas ações.

O medo também impede o indivíduo de assumir suas responsabilidades e o seu papel como homem ou mulher. Adão, como cabeça de sua esposa, deveria protegê-la não apenas da tentação, mas também da responsabilidade da culpa. Pelo contrário, transferiu à mulher a responsabilidade da Queda. Nesse momento, Eva, provavelmente, sentiu-se desprotegida; seu marido, com medo das conseqüências do pecado, tenta, inutilmente transferir a culpa para ela. A tensão estava presente. A brisa suave cedera ao rubro das circunstâncias. Antes confiança, agora medo! Outrora afeto, agora desconfiança! O medo presente em todas as emoções humanas. Inutilmente transferiram a culpa à uma. Deus responsabilizou-os individualmente.

O medo adâmico o fez esquecer de suas responsabilidades e missão como chefe de família. Desesperado pela própria segurança, ninguém se preocupa com a do outro. É necessário altruísmo e alteridade para preocupar-se com o outro quando você sente o mesmo perigo. Adão esqueceu-se de sua mulher, quando se viu no mesmo perigo. O medo impede que a pessoa enfrente os seus problemas e as pessoas, pois se trata de uma auto-proteção, capaz de impedir que você se mova em direção ao outro. Já o amor é muito diferente. O amor aproxima você não apenas das pessoas, mas o faz encarar seu próprio problema e medo. Quantas mães, embora frágeis, já enfrentaram terríveis animais para livrar os seus filhos! O medo afugenta, mas o amor encoraja.

Termos Bíblicos


No Antigo Testamento. O primeiro termo para medo em Gênesis 3.10 é yārē', cujo significado é "temer", "ter medo", "ter grande temor", mas também "reverenciar". No original, a palavra é usada, segundo Vine, por volta de 330 vezes [2]. Este vocábulo, o mais comum no Antigo Testamento, é usado em cinco categorias: a) a emoção do medo; b) a previsão intelectual do mal; c) reverência ou respeito; d) comportamento íntegro ou piedade; e) adoração religiosa formal [3].

Um segundo termo em Gêneses 9.2 é chath, usado para descrever o "pavor", "medo" ou " o desmaiar de medo". Neste texto o medo é relacionado a um agente externo que causa pânico e temor. Este vocábulo é usado mais uma vez em Jó 41.33 para descrever que a coragem do leviatã, pois "foi feito para estar sem pavor" (ARC). Nada na terra se compara a coragem do leviatã, pois ao contrário dos outros animais, como ocorre em Gn 9.2, ele não teme o homem. De qualquer forma, apesar de outros vocábulos hebraicos serem usados para descrever a palavra medo, yārē' é a mais comum e transmite todo o conceito que o vocábulo possui em língua portuguesa. Um outro termo significativo é môrā' que aparece em Is 8.12 referindo-se ao medo externo: "não temais o seu temor", descrevendo um assombro externo e extremo.

Em o Novo Testamento. Nas páginas do Novo Testamento o principal termo para medo já é um velho conhecido da língua portuguesa: fobia, de phobos, "terror", "medo", "pânico", "susto"; phoberós, ou seja, "temível", "assustador". O uso do termo descreve várias reações da emoção humana, bem como diversas situações que amedrontam o homem, entre elas: o aparecimento de seres celestiais (Lc 1.12; 2.9); os eventos catastróficos futuros (Lc 21.26); o medo mais comum de todos, a morte (Hb 2.15); e até mesmo das autoridades (Rm 13.13).

As Crônicas Coffeehouse

As Crônicas Coffeehouse

Apologistas Fazem Defesa da Fé em café local
As Crônicas Coffeehouse
O Reconhecido apologista Josh McDowell e co-autor Dave Sterrett entendem que os estudantes são bombardeados com argumentos para contestar a autenticidade da Bíblia, Jesus como o Filho de Deus, e a ressurreição, mas muitas vezes eles não sabem onde procurar as respostas.

Para atender a essa necessidade, eles criaram As Crônicas Coffeehouse (The Coffeehouse Chronicles), uma série de três novelas apologéticas que enfrentam de frente os argumentos populares contra a fé cristã, e que tem lugar em um café local e em um campus universitário. Os livros curtos focados em caráter são intencionalmente escritos para ser uma leitura fácil que os estudantes possam terminar um livro inteiro, durante uma visita a uma loja de café.

"Josh McDowell veio a mim ... e sugeriu que fizéssemos três livros chamados As Crônicas Coffeehouse e que eu tomo a sua investigação de Evidence that Demands a Verdict (Evidências que Exigem um Veredito) e algumas de suas palestras e outras obras, que tem centenas de páginas de pesquisa, e criam um diálogo sobre os estudantes universitários," disse Sterrett, ex-estagiário da McDowell, ao The Christian Post.

"Mas o que nós também fizemos foi a pesquisa de muitos dos ataques mais recentes de alguns dos críticos da Internet, alguns dos novos ateus," observou ele.

Os livros incluem referências aos desafios colocados pelo popular vídeo de Zeitgeist do YouTube, ateu franco, Richard Dawkins, e estudioso do Novo Testamento Bart Ehrman, entre outros.

No primeiro romance, Nick, o personagem principal, é desafiado por um professor universitário sobre se a Bíblia pode ser confiável. Ele rapidamente se torna um agnóstico, vive um estilo de vida que se pensava anteriormente estar errado, e começa a escrever um trabalho de pesquisa sobre como o Cristianismo roubou da mitologia pagã. Eventualmente, no entanto, Nick resolve seu ceticismo intelectual com a ajuda de um assistente de ensino acadêmico.

Livro relacionados: Did the Resurrection Happen . . . Really?: A Dialogue on Life, Death, and Hope (Paperback) ,Is the Bible True . . . Really?: A Dialogue on Skepticism, Evidence, and Truth (Paperback) ,Who Is Jesus . . . Really?: A Dialogue on God, Man, and Grace (Paperback)

No livro dois, Nick leva um grupo de estudo bíblico do campus e luta junto com outros estudantes por quem é o Jesus histórico. E no último livro, há uma escola de fotografia que resulta em mortes de estudantes. Os personagens sofrem e lutam para entender a ressurreição histórica de Jesus.

Os romances estilo de diálogo são principalmente destinados a estudantes universitários, mas Sterrett disse que os estudantes tão jovens quanto os de ensino médio podem ler os livros e entender. Além disso, pais e avós são estimulados a ler os romances curtos para entender o que seus filhos e netos estão lutando com em relação ao espiritual.

O apologista jovem concorda com outros especialistas que estudam o ministério de jovens que há uma necessidade de maior preparo intelectual dos alunos antes de irem para a faculdade.

Um estudo do Barna revelou que três em cada quatro alunos que cresceram na Igreja, se afastam da fé, uma vez que chegam na faculdade.

"Eu acho que todas as Igrejas na América, especialmente as Igrejas maiores, que têm os recursos, devem contratar um defensor da equipe que é responsável pela área do discipulado acadêmico dentro da Igreja porque nós realmente necessitamos de dotar a mente também," disse Sterrett, um ex-jogador de basquete 6'7'' que se interessou em apologética após não responder as perguntas sobre sua fé em um colégio interno de basquete. "Precisamos de educação na Igreja e na maioria das Igrejas se afastaram tal como uma escola dominical."

Os alunos podem interagir e fazer perguntas para Sterrett McDowell e através de um evento online conectado com As Crônicas Coffeehouse em 02 de fevereiro. Durante o bate-papo do maior Coffeehouse do mundo, jovens adultos podem apresentar questões instigantes sobre a fé cristã para os apologistas e receberem uma resposta ao vivo.
 

Encontro GeraçãoJC em Macapá já tem 2011 inscritos

Encontro GeraçãoJC em Macapá já tem 2011 inscritos

Evento acontece nos dias 14 a 16 de janeiro
Encontro GeraçãoJC em Macapá já tem 2011 inscritos 2011 jovens já garantiram suas inscrições no primeiro Encontro GeraçãoJC de 2011. O evento começa amanhã, 14 de janeiro, e segue até o dia 16 no Grande Templo da Assembleia de Deus em Macapá (Amapá). Promovido desde 2008 pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, o Encontro tem como objetivo apresentar, sob uma ótica cristã, diversos temas ligados ao cotidiano da juventude.

Entre as atividades do encontro, que é gratuito, estão  gincanas, workshops, oficinas e palestras. O evento também conta com as participações do presidente do conselho administrativo da CPAD, pastor José Wellington Costa Junior, e do cantor Marcelo Santos.

Marilene Ramos, chefe do setor de eventos da Casa, fala sobre a importância do encontro GeraçãoJC, que é pensado especialmente para jovens, solteiros, a partir dos 13 anos: “É um evento curtinho, enxuto. A gente sabe que o jovem tem pouco dinheiro, então oferecemos tudo, inclusive almoço e lanche. A ideia é que ele passe o dia inteiro no encontro, em comunhão, louvando e adorando. O GeraçãoJC tem tudo que o jovem gosta. Falamos sobre tudo. Esclarecemos questões e dúvidas sobre assuntos específicos para esta faixa etária, então, não dá para o jovem ficar de fora”.

Em 2010 foram realizados três encontros GeraçãoJC: em Salvador (Bahia), Taubaté (São Paulo) e Cuiabá (Mato Grosso). “Em todos os eventos que temos feito, ao final tem sempre alguém pedindo para gente voltar. É uma benção mesmo”, fala Marilene, entusiasmada.

Conheça a programação

Ministrada pelo pastor e jornalista Silas Daniel, as palestras sobre vida espiritual e chamada ministerial trarão orientações sobre as bênçãos reservadas para aqueles que colocam o Reino de Deus em primeiro lugar em suas vidas e querem ser atuantes na obra cristã.

Já na palestra o Namoro e o Casamento sob a Ótica Cristã, o pastor e psicólogo Jamiel Lopes ajudará o jovem na difícil tarefa de identificar a pessoa ideal.

A psicóloga, psicoterapeuta e psicopedagoga, Valquíria Andréia, falará, dentro do tema Comportamento: problemas que afligem a juventude cristã, sobre como o jovem deve se posicionar em relação ao que o mundo pós-moderno tem apresentado como normal e qual deve ser a postura do jovem cristão diante de assuntos como drogas, homossexualismo e aborto, dentre outros temas que afligem a juventude cristã.

Os Workshops terão como temas Reacendendo a Chama do Evangelismo com o preletor pastor Jacy Torquato Júnior e Buscando a Excelência na Adoração com o evangelista Leonei Ciriaco.

AD em Macapá

Macapá é a quinta cidade mais populosa do norte do Brasil, atrás apenas de Manaus, Belém, Ananindeua e Porto Velho. Presidida pelo pastor Lucifrancis Tavares, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Macapá fica na Avenida Salvador Diniz, 429,
Centro, Santana - Amapá.